Este Blog é um instrumento de comunicação do Seminário Menor da Diocese de Coari!
O Seminário Sant´Ana foi fundado no dia 16 de Fevereiro de 2000.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Novos vocacionados

                                                      Futuros Seminaristas em 2013
Jesus Cristo é o grande vocacionado do Pai, ele mesmo nos manda evangelizar; ir ao encontro das pessoas e fazê-las discípulos. Na Amazônia por causa da imensidão das distãncias esse trabalho requer paciência e coragem, especialmente neste tempo de sêca. É preciso gostar do trabalho vocacional e confiar de que os resultados ficam por conta do Senhor da messe. É ele  que molda e faz a vocaçâo crescer no interior do escolhido.
Thayson e seus pais - Manacapuru
Estes dias estive visitando algumas paróquias de nossa Prelazia para um encontro com vocacionados e familiares. Nas conversas amistosas entre vocacionados e seus pais vi muitas vezes aquele brilho nos olhos de contentamento pela possibilidade de entrarem ano que vem ao Seminário em Coari. Entre conversa e risos, ficou a decisão do "eu vou" de alguns vocacionados e o "concordamos" de alguns pais.
 Salomão e seus pais - Caapiranga
A lado mais cansativo destas visitas são as viagens que maltratam muito, pelo calor pelas distâncias, ora de barco, ora de carro, ora sem nenhum dos dois, especialmente quando a chuva torrencial despenca sem piedade. Cinco paróquias, cinco municípios: Manacapuru, Caapiranga, Anori, Codajás, oito dias percorrendo esses lugares para um só objetivo, ouvir o "sim" dos novos seminaristas da Prelazia de Coari em 2013.
Ednei e seus pais - Anori
É assim,  toda semente precisa se cuidada, regada e protegida para que ela cresça e dê frutos; assim sonhamos, assim queremos que o Senhor da messe faça crescer essas semnetes encontradas em nossas paróquias. Que assim seja!

sábado, 20 de outubro de 2012

Seminário Sant´Ana: Uma ousadia que deu certo



A Bula de criação (é o documento da Igreja que cria uma Diocese ou Prelazia) da Prelazia já trouxe a responsabilidade de organizar um Seminário. Este sonho foi perseguido por nossos bispos, Dom Mário Anglim e Dom Gutemberg Freire Régis. A Prelazia de Coari foi instalada em 11 de Março de 1964. O primeiro Bispo Dom Mário Anglim faleceu em 13 de Abril de 1973. Dom Gutemberg Freire Régis começou a coordenar a Prelazia a partir de 1974. Desde o princípio ele começou a investir esforços na formação de um clero próprio (grupo de padres da Prelazia).
          A ação organizada em vista da formação do clero começou em 1978 quando por ocasião da Assembleia Pastoral da Prelazia daquele Ano, Dom Gutemberg apelou por um mutirão em favor do de um clero próprio da Prelazia de Coari. Na ocasião foi apresentada a Oração pelas Vocações que até hoje o pvo reza em todas as comunidades de nossa Prelazia. Esta oração é para nós expressão de confiança no Pastor da Messe e sinal de unidade de nossa Igreja.
O primeiro Bispo Dom Mário Anglim faleceu em 13 de Abril de 1973
         Em 1990, após 26 anos de Prelazia e 12 anos de oração, animação e promoção vocacional, foi ordenado o primeiro padre diocesano de Coari, foi o Padre Manoel Gilson Barbosa de Oliveira. Os jovens que queriam ser padres eram encaminhados diretamente a Manaus. Moravam inicialmente no Seminário Redentorista e a partir de 1991 passaram a residir no Seminário São José pertencente a Arquidiocese de Manaus como até hoje; mas ainda faltava a casa de formação da Prelazia, o chamado Seminário Menor.
2º Bispo  Dom Gutemberg Freire Régis em  1981
          Foi em 1999 que as condições pareceram favoráveis para o sonho de nosso Seminário se tornar realidade. Nesse ano catorze jovens se apresentaram para serem padres na Prelazia. Três foram encaminhados para o Seminário Maior em Manaus. Os outros precisavam de maior ajuda para continuar a caminhada vocacional. O Padre Francisco José (Zezinho) então responsável pela promoção vocacional, estudou a possibilidade de enviar nosso jovens candidatos para outro seminário menor ou começar o nosso aqui em Coari. Constatou-se na época algumas possibilidades favoráveis à criação de nosso próprio Seminário, tais como:
·         Que o número de candidatos era muito maior do que os candidatos de outros seminários.
·         Padre Antonio Cardoso de Melo aceitava ser o primeiro Reitor.
·         Dom Gutemberg colocaria a sua residência a disposição
          A equipe de formação da Prelazia decidiu começar o Seminário Menor daPrelazia de Coari. Em Janeiro de 2000 nasceu em Coari o Seminário Sant´Ana. Na inauguração foi celebrada uma missa por Dom Gutemberg e os Presbíteros da Prelazia, por ocasião de sua primeira reunião do clero no ano 2000. Estavam presentes também alguns familiares dos primeiro seminaristas e as irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo.
          A finalidade do Seminário Sant´Ana é de preparar os jovens da Prelazia que querem ser padres diocesanos para o Seminário Maior em Manaus e continuarem a caminhada de formação humana, cristã em vista do Presbiterato (padre). O seminário Sant´Ana está localizado na:
   Rua: Coronel Simões, 60
   Bairro: Duque de Caxias
   69460-000
   Coari-Amazonas
OS PIONERIOS
Ano 2000
1 .      Enéias Freitas Nunes (Coari)
2 .      Felipe Jorge Fernandes da Costa (Coari) Ordenado padre em 2012
3 .      José Cavalcante Lacerda Júnior (Coari)
4 .      José de Oliveira Lima (Coari)
5 .      José Souza da Costa (Coari)
6 .      Valdivino Araújo (Coari) Ordenado padre
Ano 2001
1 .      Felipe Jorge Fernandes da Costa (Coari) Ordenado padre em 2012
2 .      Jackson da Silva Felizardo (Coari)
3 .      José de Oliveira Lima (Coari)
4 .      Marcos da Silva Oliviera (Coari)
Ano 2002
1 .      Felipe Jorge Fernandes da Silva (Coari) Ordenado padre em 2012
2 .      José de Oliveira Lima (Coari)
3 .      Francisco Assis Rodrigues Libório (Coari) Ordenado Padre
4 .      Denilson Nogueira Batista (Caapiranga)
5 .      Antonio José Duarte de Souza (Beruri)
6 .      Irlan Leal Vasconcelos (Manacapuru)
Ano 2003
1 .      Denilson Nogueira Batista (Caapiranga)
2 .      Evenilson Ribeiro da Silva (Codajás)
3 .      Adeilson de Souza Vieira (Manacapuru) Ordenado padre 2012
Ano 2004
1 .      Denilson Nogueira Batista (Caapiranga)
2 .      Marcos Roberto Ribeiro da Silva (Anamã)
3 .      Evenilson Ribeiro da Silva (Codajás)
Ano 2005
1 .      Antonio José Duarte de Souza (Anori)
2 .      Luciano Sá Ribeiro (Codajás) 2° Ano de Teologia em 2012-Experiência fora
Reitores 
1. Padre Antonio de Cardoso de Melo 2000-2005
2. Padre Francisco José Lima da Silva 2006-2011
3. Padre Francisco Agnaldo Barbosa da Silva 2011
Obs: Esta pesquisa ainda não está concluída, fará parte do livro histórico do jubileu da Prelazia.
 

sábado, 6 de outubro de 2012

Monja visita o Seminário

 Monja Redentoristina

Maria Gorette Silva dos Santos, filha de Francisco Marçal dos Santos e Creuza da Silva Santos. Nasceu em Punã um povoado de Tefé-Am no ano 1962; em 1964 com dois anos de idade sua familia passou a residir em Coari, sétima filha de onze irmãos. Desde criança participava das atividades religiosas como MIC (Movimento infantil de Coari); na adolescência ingressou no grupo da perseverança e na juventude foi mebro atuante do grupo de Jovens do bairro de Tauá-Mirim. Atuou como membro da equipe de coordenação do grupo de oração Carismática e participante assídua do grupo vocacional existente na cidade.

Em Janeiro de 1979, aos 16 anos e meio ingressou na vida religiosa como aspirante da Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo em Coari. No ano seguinte passou para o postulantado que se realizou em Manaus e paralelamente concluiu o estudo colegial na escola do Preciosíssimo Sangue em Manaus. Em Fevereiro de 1982, ingressou na Ordem do Santissimo Redentor (Redentoristinas) em Belo-Horizonte num estilo de vida contemplativa, que havia sonhado a partir dos encontros vocacionais quando lhe apresentaram os vários estilos de Congregações. Não tendo obtido a clareza necessária para o discernimento da vocação específica, achou que poderia realizá-la no estilo apostólico.
  A Monja visitando seminário Santana
Em Fevereiro de 1984, fez sua profissão religiosa como Monja Redentorista, já se passaram 28 anos de votos religiosos desta filha de Coari, vejo no seu semblante um contentamento e alegria por tudo que já viveu, realmente Irmã Gorette é feliz. Residiu por vinte anos em Minas Gerais (Belo Horizonte) e desde 2002 está no Estado de São Paulo, numa cidade chamada Itú, há 60km da capital. Sente-se orgulhosa de ser amazonense agora em terras paulistas.
 
Ao despertar para a vida orante:
"A reza do terço junto aos seus falmiliares, ajudou muito; e o fato de ainda adolescente fazer parte da equipe de coordenação do grupo de oração, ter a chance de reunir para rezar em silêncio em preparação para os encontros com o grupão. Um dos membros desta equipe descobriu que a jovem possuia o dom da oração. O ideal ficou guardado no coração e foi ao longo dos anos amadurecendo até tornar-se realidade.
Todos conhecem o exemplo de Santa Terezinha que nunca fez apostolado e converteu mais cristãos do que São Francisco Xavier que pregou muitas missões na índia. Uma vocação não exclui a outra, elas se complementam, há lugar para todos na Igreja de Deus. O importante é que cada pessoa possa realizar a missão que Deus pede para cada um e juntos formarmos o Reino de irmãos" Disse A Monja Gorette.
Conheci Irmã Gorettte desde o tempo de seminarista quando morei por dois anos em Minas Gerais 1990-1991 e desde lá construimos uma belissima amizade pautada no silêncio e na oração. Obrigado Irmã por você ser para nós exemplo de fidelidade a missão, mesmo vivendo enclausurada num mosteiro. Obrigado por visitar nosso Seminário. Deus te abençoe! Pe. Agnaldo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Oratórias do mês de agosto.



A busca do conhecimento deve está em primeiro lugar na vida de qualquer pessoa, por isso nós seminarista tivemos a oportunidade de estudar a respeito das maiores religiões do mundo. Fizemos uma descoberta incrível a respeitos delas..., doutrinas, práticas, costumes, leis, mandamentos, fundamentos, etc. Como modo avaliativo tivemos que  explicar em torno de 10 minutos sobre a história, o fundador, e a doutrina. Então acompanhemos um pouco sobre os ensinamentos destas religiões.
Cristianismo:

Jesus, também chamado de Jesus de Nazaré, é a figura central do cristianismo. Para a maioria dos cristãos Jesus é Cristo, a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", que teria sido enviado ao mundo para salvar a humanidade.[6][7][8] Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, mas muitos estudiosos acreditam que depois de morto, Jesus foi ao paraíso, pois foi o que Ele disse em Lucas 23: 43 e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa).[4] Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa (عيسى, transl. Īsā), Ibn Maryam ("Jesus, filho de Maria"). Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final.[10][11] Alguns segmentos do judaísmo o consideram um profeta,[12] outros um apóstata.[13] Os quatro evangelhos canónicos são a principal fonte de informação sobre Jesus.
Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental.
urante sua história, o cristianismo passou de uma obscura seita judaica do século I para uma religião existente em todo o mundo conhecido na Antiguidade.

Na Judeia, uma das províncias romanas no Oriente, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião. Entre as várias seitas judaicas que coexistiam na região, estavam a dos fariseus, voltados para a vida religiosa e o estudo da Torá, e a dos essênios, que pregavam a vinda do Messias, um rei poderoso que lideraria os judeus rumo à independência. Nesse clima de agitação, durante o governo de Otávio, nasceu, em Belém, um judeu chamado Jesus.

Poucas fontes históricas não-cristãs mencionam Jesus ou os primeiros anos do Cristianismo. A principal fonte a respeito de sua vida são os Evangelhos, que relatam o nascimento e os primeiros anos no modesto lar de um artesão de Nazaré. Há um período sobre o qual praticamente não há informações, até que, aos trinta anos, Jesus recebe o batismo pelas mãos de João Batista, nas águas do Rio Jordão e começa a pregação de seu ideário. Para os cristãos, Ele seria o messias esperado pelos judeus. No Sermão da Montanha, descrito nos evangelhos de Mateus e de Lucas, é apresentado os princípios básicos de seu pensamento: para Jesus, a moral, como a religião, era essencialmente individual e a virtude não era social, mas de consciência. Pregava a igualdade entre os homens, o perdão e o amor ao próximo.
Segundo os Evangelhos, as autoridades religiosas judaicas não aceitaram que aquele homem simples, que pregava aos humildes, pudesse ser o rei, o Messias que viria salvá-los. Consideraram-no um dissidente e o enquadraram na lei religiosa, condenando-o à morte por crucificação, a ser aplicada pelos romanos (do ponto de vista das autoridades romanas, Jesus era um rebelde político). Levadas pelos seus discípulos, os apóstolos, a diversas partes do império romano, as idéias de Jesus frutificaram. O apóstolo Paulo, judeu com cidadania romana, deu caráter universal à nova religião: segundo ele, a mensagem de Jesus, chamado de Cristo (o ungido) por seus seguidores, era dirigida não somente aos judeus, mas a todos os povos. Com Paulo, o Cristianismo deixou de ser uma seita do judaísmo para se tornar uma religião autônoma. Por não aceitarem a divindade imperial e por acreditarem que havia uma única verdade - a de Jesus -, os cristãos foram perseguidos pelos romanos.

Por volta do ano 70, foram escritos os evangelhos atribuídos a Mateus e Marcos, em língua grega. Trinta anos depois, publicava-se o evangelho atribuído a João, e a doutrina da Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) começava a tomar forma. O cristianismo pode, então, ser interpretado como uma síntese de crenças judaicas e persas.
Apegados ao monoteísmo, os cristãos não juravam o culto divino ao imperador, provocando reações violentas. As perseguições ocorreram em curtos períodos, embora violentos, na medida em que o culto divino ao imperador, estabelecido por Augusto mas formalizado por Domiciano, era aplicado nas províncias [4] . Muitos foram perseguidos, outros morreram nas arenas, devorados por feras. Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas se convertiam ao cristianismo, especialmente pobres e escravos, que se voltavam para a Igreja por acreditarem na promessa de vida eterna no Paraíso.

O poder do cristianismo não podia mais ser ignorado. A partir do momento em que cidadãos ricos do Império Romano se converteram à nova religião, a doutrina, que pregava a igualdade e a liberdade, deixava de representar um perigo social. Aos poucos, a Igreja Católica se institucionalizava e o clero se organizava, numa enorme escalada da hierarquia com o surgimento dos bispos e presbíteros, no lugar de anciãos e superintendentes. O território sob o domínio romano foi dividido em províncias eclesiásticas. Os Patriarcas, bispos dos grandes centros urbanos - como Roma, Constantinopla, Antioquia da Síria e Alexandria -, ampliaram seu poder, controlando as províncias. O bispado de Roma procurou se sobrepor aos demais, alegando que o bispo de Roma era o herdeiro do apóstolo Pedro, que teria recebido de Jesus a incumbência de propagar a fé cristã entre os povos.
Em 313, o imperador Constantino fez publicar o Édito de Milão, que instituía a tolerância religiosa no império, beneficiando principalmente os cristãos. Com isso, recebeu apoio em sua luta para se tornar o único imperador e extinguir a tetrarquia. Em 361, assumiu o trono Juliano, o Apóstata, que tentou reerguer o paganismo, dando-lhe consistência ético-filosófica e reabrindo os templos. Três anos depois o imperador morreu e, com ele, as tentativas de retomar a antiga religião romana.
Em 391, Teodósio I (379-395) oficializou o cristianismo nos territórios romanos e perseguiu os dissidentes. Após seu reinado, o império foi dividido em duas partes. Os filhos de Teodósio assumiram o poder: Arcádio herdou o Império Romano do Oriente, cujo centro político era Constantinopla (antiga Bizâncio, rebatizada em homenagem ao imperador Constantino, localizava-se onde hoje é a cidade turca de Istambul); a Honório I coube o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma.

O cristianismo primitivo pode ser dividido em duas fases distintas: o período apostólico, quando os primeiros apóstolos estavam vivos e propagaram a cristã: e o período pós-apostólico, quando foi desenvolvida uma das primeiras estruturas episcopais e houve uma intensa perseguição aos cristãos. Essa perseguição terminou em 313 d.C. sob o governo de Constantino I, em 325 ele promulgou o primeiro concílio de Niceia, dando início aos Concílios Ecumênicos.

Budismo (páli/sânscrito: बौद्ध धर्म Buddha Dharma) é uma religião[1] e filosofia[1][2] não-teísta[1], abrangendo uma variedade de tradições, crenças e práticas, baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda (páli/sânscrito: "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu seus ensinamentos no nordeste do subcontinente indiano, entre os séculos VI e IV a. C.[3].

Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado que compartilhou suas ideias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento (ou Dukkha), alcançando o Nirvana (páli: Nibbana) e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento.[4]
O budismo pode ser dividido em dois grandes ramos: Theravada ("Doutrina dos Anciões") e Mahayana ("O Grande Veículo"). A tradição Theravada, que descende da escola Vibhajyavada do tronco Sthaviravada, é o mais antigo ramo do budismo. É bastante difundido nas regiões do Sri Lanka e sudeste da Ásia, já a segunda, Mahayana, é encontrada em toda a Ásia Oriental e inclui, dentro de si, as tradições e escolas Terra Pura, Zen, Budismo de Nitiren, Budismo Tibetano, Tendai e Shingon. Em algumas classificações, a Vajrayana aparece como subcategoria de Mahayana, entretanto é reconhecida como um terceiro ramo.
Mesmo o budismo sendo uma prática muito popular na Ásia, os dois ramos são encontrados em todo o mundo. Várias fontes colocam o número de budistas no mundo entre 230 milhões e 500 milhões, tornando-o a quinta maior religião do mundo[5][6].

As escolas budistas variam sobre a natureza exata do caminho da libertação, a importância e canonicidade de vários ensinamentos e, especialmente, suas práticas[7][8]. Entretanto, as bases das tradições e práticas são as Três Joias: O Buda (como seu mestre), o Dharma (os ensinamentos) e a Sangha (a comunidade budista)[9]. Encontrar refúgio espiritual nas Três Joias ou Três Tesouros é, em geral, o que distingue um budista de um não-budista.[10] Outras práticas podem incluir a renúncia convencional de vida secular para se tornar um monge (sânsc.; pāli: Bhikkhu) ou monja (sânsc.; pāli: Bhikkhuni).
A vida de Buda( Siddhartha Gautama)

Gautama com seus cinco companheiros, que, mais tarde, compuseram a primeira Sangha (comunidade monástica budista). Pintura da parede de um templo no Laos.
De acordo com a narrativa convencional, o Buda nasceu em Lumbini (hoje, patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) por volta do ano 536 a. C. e cresceu em Capilvasto[11]: ambos, atuais localidades nepalesas[12][13]. Logo após o nascimento de Siddhartha, um astrólogo visitou o pai do jovem príncipe, Suddhodana, e profetizou que Siddhartha iria se tornar um grande rei e que renunciaria ao mundo material para se tornar um homem santo, se ele, por ventura, visse a vida fora das paredes do palácio.

O rei Suddhodana estava determinado a ver o seu filho se tornar um rei, impedindo, assim, que ele saísse do palácio. Mas, aos 29 anos, apesar dos esforços de seu pai, Siddhartha se aventurou por além do palácio diversas vezes. Em uma série de encontros (em locais conhecidos pela cultura budista como "quatro pontos"[14]), ele soube do sofrimento das pessoas comuns, encontrando um homem velho, um outro doente, um cadáver e, finalmente, um ascético sadhu, aparentemente contente e em paz com o mundo. Essas experiências levaram Gautama, eventualmente, a abandonar a vida material e ir em busca de uma vida espiritual.

Siddhartha Gautama fez uma primeira tentativa, experimentando a ascese e quase morreu de fome ao longo do processo. Mas, depois de aceitar leite e arroz de uma menina da vila, ele mudou sua abordagem. Concluiu que as práticas ascéticas extremas, como o jejum prolongado, respiração sem pressa e a exposição à dor trouxeram poucos benefícios, espiritualmente falando. Deduziu, então, que as práticas eram prejudiciais aos praticantes[15]. Ele abandonou o ascetismo, concentrando-se na meditação anapanasati, através da qual descobriu o que hoje os budistas chamam de "caminho do meio": um caminho que não passa pela luxúria e pelos prazeres sensuais, mas que também não passa pelas práticas de mortificação do corpo[16].

Quando tinha 35 anos de idade, Siddhartha sentou-se embaixo de uma figueira-dos-pagodes (Ficus religiosa)[17][18] hoje conhecida como árvore de Bodhi[16], localizada em Bodh Gaya, na Índia e prometeu não sair dali até conseguir atingir a iluminação espiritual[19][20][21].
A lenda diz que Siddhartha conheceu a dúvida sobre o sucesso de seus objetivos ao ser confrontado por um demônio chamado Mara, que simboliza o mundo das aparências e muitas vezes são representadas por uma cobra naja. Ainda segundo a lenda, Mara teria oferecido o nirvana à Sidarta, contudo ele teria percebido que isso o levaria a se distanciar do mundo e o impediria de transmitir seus ensinamentos adiante. Assim, por volta dos quarenta anos, Sidarta se transformou no Buda, o Iluminado, atraindo um grupo de seguidores e instituiu uma ordem monástica. A partir de então, passaria seus dias ensinando o darma, viajando por toda a parte nordeste do subcontinente indiano. Ele sempre enfatizou que não era um deus e que a capacidade de se tornar um buda pertencia ao ser humano. Faleceu aos oitenta anos de idade, em 483 a. C., em Kushinagar, na Índia.

Os estudiosos se contradizem em relação às afirmações sobre a história e os fatos da vida de Buda. A maioria aceita que ele viveu, ensinou e fundou uma ordem monástica, mas não aceita de forma consistente os detalhes de sua biografia. Segundo o escritor Michael Carrithers, em seu livro O Buda, o esboço de uma vida tem que ser verdadeiro: o nascimento, a maturidade, a renúncia, a busca, o despertar e a libertação, o ensino e a morte[22].

Ao escrever uma biografia sobre Buda, Karen Armstrong disse: “É obviamente difícil, portanto, escrever uma biografia de Buda, atendendo aos critérios modernos, porque temos muito pouca informação que pode ser considerada ‘histórica’”... Mas podemos estar razoavelmente confiantes, pois Siddhartta Gautama realmente existiu e os seus discípulos preservam a sua memória, sua vida e seus ensinamento.

Islamismo, Islão ou Islã (em árabe: الإسلام, al-Islām) é uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Corão, um texto considerado por seus seguidores como a palavra literal de Deus (em árabe: الله, Allāh), e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a chamada suna, parte do hadith) de Maomé, considerado pelos fiéis como o último profeta de Deus. Um adepto do islamismo é chamado de muçulmano.
Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-lo.[1] Eles também acreditam que o islã é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas.[2] Os seguidores do islã afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo,[3] mas consideram o Alcorão como uma versão inalterada da revelação final da Deus.[4] Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do islã, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.[5][6]
As maiorias dos muçulmanos pertencem a uma das duas principais denominações; com 80% a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas.[7] Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo.[8] 25% vivem no Sul da Ásia,[8] 20% no Oriente Médio,[9] 2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste Asiático e 15% na África Subsaariana. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo (veja: muçulmanos por país). Com cerca de 1,41-1,57 bilhão de muçulmanos, compreendendo cerca de 21-23% da população mundial,[10] o islã é a segunda maior religião e uma das que mais crescem no mundo.[11][12]
Etimologia
Islão provem do árabe Islām, que por sua vez deriva da quarta forma verbal da raiz slm, aslama, e significa "submissão (a Deus)".[13] Segundo o arabista e filólogo José Pedro Machado, a palavra "Islão" não teria surgido na língua portuguesa antes de 1843, ano em que aparece no capítulo IX da obra Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano.[14]
O Islão é descrito em árabe como um "diin", o que significa "modo de vida" e/ou "religião" e possui uma relação etimológica com outras palavras árabes como Salaam ou Shalam, que significam "paz".[15]
Muçulmano, por sua vez, deriva da palavra árabe muslim (plural, muslimún), particípio activo do verbo aslama, designando "aquele que se submete". O vocábulo pode ter penetrado no português a partir do castelhano, sendo provável que essa língua o tenha tomado do italiano ou do francês, línguas nas quais o vocábulo surge em 1619 e 1657, respectivamente (no primeiro caso como mossulmani, na obra Viaggi, de Pietro della Valle, e no segundo como mousulmans, na obra Voyages, de Le Gouz de la Boullaye).[16]
Em textos mais antigos, os muçulmanos eram conhecidos como "maometanos", este termo tem vindo a cair em desuso porque implica, incorrectamente, que os muçulmanos adoram Maomé (como, durante alguns séculos, por completo desconhecimento, o Ocidente pensou), o que torna o termo ofensivo para muitos muçulmanos. Durante a Idade Média e, por extensão, nas lendas e narrativas populares cristãs, os muçulmanos eram também designados como sarracenos e também por mouros (embora este último termo designasse mais concretamente os muçulmanos naturais do Magrebe, que se encontravam na Península Ibérica).
Islão pode se referir também ao conjunto de países que seguem esta religião (a jurisprudência islâmica utiliza nesse caso a expressão Dar-al-Islam, "casa do Islão").

Crenças
O Islão ensina seis crenças principais:
  1. a crença em um único Deus;
  2. a crença nos anjos, seres criados por Deus;
  3. a crença nos livros sagrados, entre os quais se encontram a Torá, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o principal e mais completo livro sagrado, constituindo a colectânea dos ensinamentos revelados por Deus ao profeta Maomé;
  4. a crença em vários profetas enviados à humanidade, dos quais Maomé é o último;
  5. a crença no dia do Julgamento Final, no qual as acções de cada pessoa serão avaliadas;
  6. a crença na predestinação: Deus tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.
Deus

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Alá (Allah) em árabe.
A pedra basilar da fé islâmica é a crença estrita no monoteísmo. Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (com a exceção de um) começa com a frase "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Uma das passagens do Alcorão frequentemente usadas para ilustrar os atributos de Deus é a que se encontra no capítulo (sura) 59:
“Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, que conhece o invisível e o visível”. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão Ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! “Para ele os epítetos mais belos” (59 22-24).


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