Ordenação com sabor de açaí

O local da celebração diaconal de Luis Carlos e Assis foi totalmente ornamentado com a temática reginal, como estamos na terra do açaí, o mundo da plantinha cor de sangue foi que predominou. Podemos até dizer uma ordenação com sabor de açaí!

Houve todo um esforço da equipe responsável pelo ambiente para regionalizar o local e fez bonito; conseguiu a mistura dos elementos de uma celebração romana com as coisas da terra do açaí. A mistura não poderai ser melhor - saborosa. De encantar os olhos.

As fotos ilustram um pouco a jóia, a beleza entantadora que o local ficou. Parabéns pelos que trabalharam para fazer do espaço um ambiente agradável para celebrar, para admirar e se sentir

Divino

Viver esse tempo aqui em Codajás da "Ordenação Diaconal" de Assis e Luis é muito mais que somente caminhas e tríduos vocaionais, é um tempo da Graça de Deus, muito além de momentos formais para, digamos, orações.

Outro dia fizemos refeição na casa da família da foto, um almoço divino de carne de capivara fresca e uma iaçá, tudo tirado do paraíso que chamamos floresta amaônica, um tempo foi o Eden. Além da comida muito bem feita, também a convivência ajudou a dar o sabor as carnes amazônicas.

Além de tudo, está sendo adorável a convivência entre os que estão hospedados na casa paroquial e os que vão lá somente para as refeições. Boa comida, boa conversa e distração. Curtimos nos divertindo dos micos que atravessam o momento.

A mior novela da ordenação é o carro da paróquia. Parece que foi usado pelo Major Thury, o fundador da terra do açaí e por aqui deixou. Ele só funciona no tranco e nos deixa na mão quando mais precisamos dele, para completar geralmente nos locias mais distantes e difícies de empurrar, principalmente na lama. Nem tudo é perfeito!

Mais um dia de caminhada e oração

Cedo, logo depois das quatro da manhã o som da Igreja Matriz da Paróquia N. S. das Graças começou a tocar uma canção suave que falava de amor, era um convite para despertar e caminhar rumo a capela de São Francisco, onde começamos mais um tempo de oração vocacionla pela ordenação diaconal de Luis Carlos e Francisco Assis.

A Capela de São Francisco fica numa área mais ou menos nova da cidade. Pelo que era a terra do açaí ela já pode ser considerada distante, isto, dos outros bairros. Mesmo assim o povo chegou lá e foram de bicicletas e motos. Talvez para próximos acontecimentos dessa natureza podemos pensar em fazer tudo na base da bicicleta. São muitos os que usam esse transporte por aqui.

As pessoas foram chegando, várias bem antes do horário para começar, chegaram mais cedo para estarem com as outras, fazendo assim desse tempo, um tempo e encontrando espaços para conviência.

Foi bom vê as pessoas se encontrando na amizade ou começando uma e ficarem de bater papo, espantando o sono e se aquecendo com a presença dos outros.

A caminhada saiu da capela e ganhou as ruas, na noite anterior tinha pedido que trouxesem velas e lantenas; não seria bom ficar arriscando andar sem saber onde se coloca o pé; é lama, são buracos, alguns com lama e água, formando poças d'água, um perigo.

Saimos caminhando rezando, cantando, agradecendo a Deus pelo momento de Sua Graça que estamos vivendo. Louvá-lo pela decisão corajosa desses dois jovens, Assis e Luis.

Com o dia nascendo bonito terminamos a caminhada vocaional, as pessoas devagar foram deixando a Igreja Matriz onde encerramos a celebração. Igreja estava bem cheia. Mais tempo dizendo "Obrigado Senhor"!

Deus nos fala

Celebramos na capela de São Francisco a segunda noite do tríduo vocaional que faz parte da programação da ordenação diaconal de Luis Carlos e Francisco Assis. Além da festa pela ordenação dos dois rapazes, nos animamos com a festa da Anunciação do Senhor.

E o "Anjo anunciou a Maria", hoje ele nos anuncia através desse tempo intenso que vivemos na Paróquia de N. S. das Graças em Codajás, tempo de sua Graça e de oração. Estamos encantado como a ordenação diaconal tem sacudido essa paróquia.

Hoje com a temática da Anunciação do Senhor, Eucaristia e Comunidade. Os jovens deram seus testemunhos de como perceram os sinais de Deus, participando nas suas comunidades de origem. Tantas histórias bonitas de descobertas e coragem.

As histórias vão se tecendo e assim sentimos como os outros fazem parte de nossas caminhada, os caminhos se cruzam e formam um só caminho, o Caminho do Senhor. Tudo muito parecido com o tecido de um tupé, estilo de carpete amazônico.

O povo tem participado com seu jeito simples e o rosto marcado pelo cansaço do dia do trabalho. Esses dias estamos com eles acordando cedo, participando da caminhada e depois de um dia duro de labuta, volta-se para a celebração da novena, agradecer pelos jovens que estão se ordenando e por mais um dia de vida.

Pela experiência que estamos vivendo, nos sentimos grávidos de Deus; pois é o Espírito Santo que nos dar a força de suportar tamanho esforço e sofrimento uma vida aqui pela mãe pátria da América Latina!

Caminhada Vocacional

Quatro da madrugada acordei com o despertador tocando, me chamava para mais um dia. Caiu um chuvisco convidando para continuar na rede, um clima frio, gostoso, bom para dormir. Vencendo a tentação levantei, tomei um banho para espantar Morfeu que teimava em me arrastar de volta para o calor dos lençóis.

Caminhamos em direção a comunidade de N. S. P. Socorro, no bairro do Laguinho, o chuvisco insistiu, mesmo assim tivemos que continuar as andanças rumo a capela. Fomos os primeiros a chegar, devagar as pessoas chegaram, ainda sonolentos e com guarda-chuvas nas mãos.

Começamos o segundo dia de oração vocacional pela ordenação diaconal de Luis Carlos e Assis. Seguindo a moleza do clima, mais para dormir que para rezar a devoção foi tomando forma.

Feitas as orações introdutórias, saímos da Capela, ao redor o resultado da noite chuvosa, chão molhado e lama, cada um caminhava com a atenção redobrada para o local que pisava.

A caminhada seguia o ritmo da caminhada do povo dessa imensa mãe pátria, América Latina, andando rezando em busca de uma esperança num chão de lama e de buracos. Assim foi se desnudando a terra do açaí com um imenso desafio para seu povo viver; assim também foi se mostrando para os que irão receber o primeiro grau do sacramento da ordem os encantos de um povo que reza e acredita em todo aquele que resolve colocar sua vida não mãos do Senhor, mais que cobra alto preço, de tudo que é e tem.

Era difícil caminhar pelas ruas da terra do açaí, sãos os buracos, a falta de iluminação pública e lama por toda parte. Na escuridão dos caminhos da cidade e da vida a procissão seguia seu rumo. Fazia-se necessário discernir o caminho com os pés e com os olhos, mais de qualquer jeito se ia.

O Pe. Gordiano animava a caminhada com reflexões falando da caminhada vocacional, esse momento que todos vivemos com os dois que decidiram por viver dando uma resposta a Deus de modo particular pelo sacramento da ordem.

Os dois pré-diáconos caminhavam com o povo, no seu meio. A vela acesa simbolicamente iluminando a fé e a vida no meio de tantos buracos, escuridão e lama.

E todos numa só oração a pedir ao Cristo, Luz do Mundo, Luz da Vida para iluminar os caminhos desses jovens, os caminhos seus para mostrar estradas novas, estradas de Páscoa, de uma vida, melhor que essa que vivemos, aqui, num outro mundo possível!

Codajás

Estou em Codajás para participar da Ordenação Diaconal de dois jovens seminaristas que até o fim do ano irão ser ordenados padres. Vivi por dois anos e meio na terra do açaí, de julho de 1993 até dezembro de 1995. Foi um bom tempo da minha vida, de boa convivência com esse povo, como todo povo da mãe pátria, América Latina, tão cheio de esperanças e tão sofredor.

De lá para cá, já se vão mais de 15 anos, tanto eu, como a cidade mudamos, e muito.

Em mim o tempo tem deixado marcas de vários formatos, de desafios e no corpo, de sabores e cheiros diversos. Na cidade, na sua gente e na sua geografia. Já não é a mesma com tanta gente nova e espaços nascidos com a chegada e nascimento dessa gente.

Sendo conhecida como a terra do açaí, pela abundância dessa fruta por toda parte e pelo modo como ele é preparado, sempre forte, uma papa, mingau. Nesses últimos 20 anos desenvolveu-se uma verdadeira economia em torno da fruta, principalmente vendida em caroço, exportado para Manaus.

No fim do mês de abril, todos os anos, a secretaria municipal de cultura realiza uma grandiosa festa intitulada por ela como Festa Cultural do Açaí; conhecida por todos como "Festa do Açaí". São três dias de apresentações de danças e de bandas, locais, regionais e nacionais. Um formato aplicado em muitas festas, assim dita "cultural", nos mais diversos municípios do Amazonas.

A jangada, artesanato de materiais naturais, vendida pela ocasião da festa!

Sendo a cidade situada na margem do grande Rio, o Solimões, ter um barco por aqui é de grande serventia; são os nossos meios de irmos para cima e para baixo, nossos carros, ônibus e trens.

Por aqui passam barcos que transitam entre Manaus e Tabatinga, isto da capital, do centro do Estado até a tríplice fronteira do Brasil, Perú e Colômbia. É porto intermediário da rota Manaus- Coari e Manaus - Tefé. Por isso todos os dias barcos chegam e parte, tanto para Manaus, como para as cidades do médio e alto Solimões.

A foto é de barcos na "carreira", oficina de barcos. Um trabalho útil e bastante utilizado, visto a quantidade deles na região!

A cidade tem crescido muito nesses últimos anos, com gente vinda principalmente da zona rural do município que se esvazia cada vez mais. A periferia inchou e uma invasão gerou um novo bairro e as administrações não conseguiram acompanhar o crescimento com serviços básicos para uma boa qualidade de vida da população.

Servida de três canais de televisão, de serviços de internet com provedores e vários cybers, e com telefonia móvel da Vivo. São serviços de tecnologias de última geração; porém com uma péssima rede de esgotos, alguns a céu aberto e com abastecimento de água de péssima qualidade.

Grande parte das ruas estão uma buraqueira só, com matos e águas de esgoto escorrendo por toda parte, dando mostra de um total abandono por parte da atual administração. É a cara de quase todas as cidades do nosso Estado.

Estamos assim vivendo numa das regiões mais ricas do planeta, mais numa cidade de um povo empobrecido, enganado e iludido; governados por políticos que só prometem e nunca cumprem!

Ordenação Diaconal de Assis e Luis Carlos

Como encerramento desse primeiro dia de animação vocaional da Ordenação Diaconal de Assis e Luis Carlos, celebramos na Capela de São Sebastião no bairro da Colônia, na cidade de Codajás, a primeira noite de oração, como parte de um tríduo que vai culminar no dia da ordenação.A leitura do Evangelho de Mateus 2, 13-15.19-23 onde a família de Jesus, José e Maria migram, são retirantes em nome da vida do Menino. A reflexão da noite seguiu esse caminho das famílias retirantes da nossa região que migram, navegam em busca de dias melhores.

Nessa primeira noite foi enfatizada a temática da família como base de todas as vocações. Destacamos hoje a vocação sacerdotal que nasce da relação com seus entes familiares. Na procissão de entrada uma família caminhou na diração ao altar, representando a todas da comunidade.

Em seguida tanto Assis, como Luis Carlso partilharam suas experiências familiares, que também migraram e eles com elas. E dentro desse processo de ser família retirante, eles foram percebendo os sinais do chamado do Senhor.

A boa participação do povo codajaense marcou mais uma vez esse momento de oração em favor da vida que vai dizendo sim ao projeto do amor de Deus para com a humanidade. A certeza vai ficando pelo caminho, como flores da primavera a permufar a todos, mesmo os que estão por aí sem terem muito o que fazerem ou em quem acreditarem, de quê só Amor salvará o mundo.

Duvidas? Então te põe também tu a caminhar!!!

Ordenação Diaconal de Luis Carlos e Assis

Ontem, eu (Pe. Zezinho) e os seminaristas Rener, Fernando, Cleiton e Pe. Gordiano viajamos de Coari para Codajás, aqui vamos participar da programação de "ordenação diaconal" dos seminaristas Luis Carlos e Assis. Aproveitamos a viagem de barco/recreio para descansar, foi um chá de rede.

Na chegada já sentimos o clima caloroso e animada do povo codajaense, essa gente tão acolhedora. Devagar fomos nos envolvendo nos trabalhos da programação. O interessante numa ordenação não é só viver o momento maior que é a celebração, mais as coisas que ficarão gravadas na história de quem participa. Por exemplo arrumar um som tarde da noite e ter um fusível quebrado numa cidade pequena como Codajás, é coisa para nunca ser esquecido.

O blog vai tentar acompanhar algumas coisas que forem possíveis postar aqui. As fotos que falam por si só, será mais presentes. É só seguir no álbum.

Depois da longa noite na arrumação do som e da curta noite de sono, tivemos que acordar cedo para participarmos da caminhada de oração às cinco e quinze da manhã. O povo nos surpreendeu, compareceu em bom número.

Antes das cinco as comunidades envolvidas na caminhada de oração convidavam as pessoas através do som de suas bocas de ferro. Ao som de canções religiosas chegava um, chegava outro e também famílias inteiras.

Saimos da comunidade Santa Luzia do bairro que leva o nome da Santa, de lá caminhamos pelas ruas da terra do açaí. Fomos caminhando, cantando, rezando e agradecendo a Deus pelo momento importante de nossa Igreja.

Chegamos na comunidade de São Sebastião no bairro da Colônia, lá tivemos um momento de reflexão e terminamos com a bênção final. A programação continua na oração de agradecimento. Reze também conosco por este tempo da Graça de Deus na nossa Vida!

Tefé

Semana passada estive na cidade de Tefé visitando os seminaristas Cristiano da Prelazia de Borba e Josinaldo da Prelazia de Coari.

Sai de Coari na quarta feira, eu e o bispo de Borba, D. Elói. A viagem foi calma e logo chegamos na terra da castanha. Nos esperavam no "porto", os dois seminaristas e o Pe. Joaquim, um dos formadores do "Seminário São Paulo", também chamado por Centro Vocacional.

Ficamos hospedados no "Casa do Bispo", conhecida por todos como seminário; voltamos ao nosso tempo de seminaristas. A colhida foi bo e também a conversa com nossos seminaristas.

Voltei um pouco mais animado com a caminhada vocaional da Prelazia de Coari, onde jovens continuam a entregar seus caminhos a Cristo!

Nossos Vocaionados

Sábado que passou estive em Manacapuru fazendo a visita dos vocacionados da Prelazia na cidade das cirandas. Tudo foi muito corrido, mais consegui chegar na casa de Marcos Antônio e Diego; Clarindo tomou chá de Doril. Nem no Orkut consegui encontrá-lo.

Cheguei cedo na casa do Diego, é que chegando em Manacapuru, pedi para o taxista do taxi-lotação, me levasse direto para sua casa. Sábado de manhã, depois de uma semana puxada de trabalho, o bom é dormir um pouco mais. Cheguei e acordei a todos!

E de manhã cedo, nada melhor que um café com pão caseiro e pão de queijo, para acordar para valer.

Depois do café na casa do Diego, passei na casa do nosso seminarista menor Márcio e numa coneversa alegre, fraterna conheci sua mãe, irmães e sobrinho. De lá partir para casa do Antônio Carlos.

Como nas outras famílias, me senti em casa; conversando descontraído, brincando com um e com outro. Depois de nos apresentarmos a prosa correu solta.

E para terminar passei na casa de Acolhida da Paróquia N. S. de Nazaré, esse belo projeto social que acolhe aos necessitados de um local para formir e comer em Manacapuru. Por lá partilhei a mesa e almoçei um delicioso pirarucu.

Voltei agradecendo a Deus, por essas pessoas maravilhosas que encontrei e que Ele colocou em Minha vida. Rezarei epeço orações de todos que por aqui passarem por esses jovens e suas famílias!