Origem:
A Jornada Mundial da
Juventude foi criada pelo Papa João Paulo II
em 1985, e consiste numa reunião de milhões de
pessoas católicas, sobretudo jovens. O evento é celebrado
a cada dois ou três anos, numa cidade escolhida para celebrar a grande jornada
em que participam pessoas do mundo inteiro. Nos anos intermédios, as Jornadas
são vividas localmente, no Domingo de Ramos, por algumas dioceses ao redor
do mundo. Para cada Jornada, o Papa sugere um tema.
Durante as JMJ, acontecem
eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras,
partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas. Em sua última edição, em Madrid em 2011, reuniu cerca de três
milhão de jovens. Apesar de ser proposta pela Igreja Católica, é um convite a todos os jovens
do mundo. Para João Paulo II, "…a esperança de um mundo melhor está numa
juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e
para o próximo."
A História
das Jornadas
A Jornada Mundial da Juventude
foi celebrada pela primeira vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986,
em Roma. A partir de 1987
e depois, a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jornada Mundial da
Juventude em algum lugar determinado do mundo.
Em 1987,
os jovens foram convocados a Buenos Aires, onde 1
milhão de participantes escutaram as seguintes palavras do Papa:
"Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu
pontificado: que vós sois a esperança do Papa,
a esperança da Igreja." (…) Dois anos depois, 600 mil jovens foram em
peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Compostela.
Em 1991, 1 500 000 participantes participaram da Jornada no santuário
mariano da cidade polonesa de Czestochowa. Depois da
queda do Muro de Berlim, essa
foi a primeira ocasião em que os jovens do Leste Europeu puderam participar sem problemas do
evento.
Meio milhão de jovens
encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na cidade americana de Denver. Diante do impressionante cenário das Montanhas Rochosas.
O maior encontro de todos os
tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila nas Filipinas, 4 milhões de
jovens aplaudiram o Papa que evocava a relação com o próximo.
Em 1997, foram muitos jovens
que responderam ao convite do Papa para a Jornada em Paris,
que terminou com um evento reunindo quase um milhão de pessoas. O Jubileu do
ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas Mundiais da Juventude.
Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa local) reuniram-se em Roma
para um novo mega-encontro com o Papa.
A cidade canadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002
onde 800 mil pessoas encontraram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. O Papa
lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado:
"Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83
anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a
identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações.
Juventude de espírito, juventude de espírito! Embora eu tenha vivido no meio de
muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me
convencer de maneira inabalável de que nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão
grande a ponto de poder sufocar completamente a esperança que jorra sem cessar
no coração dos jovens."
A Jornada entre os dias 16 e
21 de Agosto de 2005 em Colónia na Alemanha (XX Jornada Mundial da Juventude,
XX Weltjugendtag Köln 2005 em alemão), foi a primeira após a morte do Papa João
Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem
internacional do seu pontificado, e em que
mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa
na vigília de 20 de agosto. Nem a variedade de
linguâs, culturas, distanciaram os jovens um dos outros.
Em 15 de julho de 2008,
em Sydney na Austrália, iniciou-se a XXIII Jornada Mundial da Juventude sob o tema:
"Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e
sereis minhas testemunhas" (At 1, 8). Em 20 de julho, na missa de encerramento, o Papa
convocou os jovens do mundo todo para a XXVI Jornada Mundial da Juventude
de 2011 em Madri
na Espanha. No ultimo dia da Jornada Mundial da
Juventude em Madri o papa Bento XVI anunciou a
cidade brasileira do Rio de Janeiro como
proxima sede do mega evento católico em 2013.
A Cruz e o Ícone das Jornadas
História
da Cruz da JMJ
A Cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes:
Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, muitos a
chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo papa João Paulo II aos
jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e
colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de
São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa
de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João
Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem
a recebeu, em nome de toda a juventude foram os jovens do Centro Juvenil
Internacional São Lourenço em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela
ocasião:
"Meus queridos jovens, na conclusão do Ano
Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo!
Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e
anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos
encontrar a salvação e a redenção". (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22
de abril de 2004).
Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre.
Levaram a cruz ao Centro São Lourenço, que se converteria em sua morada
habitual durante os períodos em que ela não estivesse peregrinando pelo mundo.
Desde 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo,
através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia,
África e agora na Austrália, estando presente em cada celebração internacional
da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994 a Cruz começou um compromisso que,
desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do pais
sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o
grande evento.
O Ícone
de Nossa Senhora
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um
segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o
Ícone de Nossa Senhora, "Salus Populi Romani", uma cópia
contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior
basílica para Maria a Mãe de Deus, no ocidente, Santa Maria Maior.
"Hoje eu confio a vocês… o Ícone de Maria. De
agora em diante ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com
a Cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria
próxima aos jovens que são chamados, como o Apóstolo João, a acolhe-la em suas
vidas" (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003)
Papa
Bento XVI continua o legado
O Papa Bento XVI, continuando o legado de seu
predecessor, falou na cerimônia de entrega da Cruz e do Ícone da JMJ de um
grupo de jovens alemães para uma delegação de jovens australianos no Domingo de
Ramos de 2006. Então enfatizou porque o Ícone de Maria pertence à peregrinação
da Cruz da JMJ.
"Nossa Senhora esteve presente no cenáculo com
os Apóstolos quando eles estavam esperando por Pentecostes. Que ela seja vossa
mãe e guia. Que ela vos ensine a receber a palavra de Deus, a valoriza-la e
medita-la em seu coração (cf. Lc 2,19) como ela fez com sua vida. Que ela possa
encorajar-vos a dizer o vosso "sim" ao Senhor ao viver "a
obediência da fé". Que ela possa ajudar-vos a permanecer fortes na fé,
constantes na esperança, perseverantes na caridade, sempre atentos à palavra de
Deus".
Ao observarmos Maria no Ícone carregando seu Filho,
ela nos ensina como levá-lo para o mundo.
Milhões de jovens nos últimos 20 anos participaram
das Jornadas Mundiais da Juventude. Centenas de milhares mais participaram da
graça do evento pelo seu encontro com a Cruz e o Ícone da JMJ. Esses símbolos
são apresentados ao mundo de forma mais contundente pelos jovens que os levam
não por alguns momentos ou horas, mas pelo exemplo de suas vidas cristãs
diariamente.
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